Não é difícil encontrar pelas ruas das grandes cidades animais abandonados, especialmente cães e gatos. Já faz parte da nossa rotina sentir a aflição de ver um desses bichinos tentando atravessar avenidas movimentadas, cheias de automóveis e pedestres, torcendo para que cheguem ao outro lado da pista inteiros. Também é comum assistimos a atropelamentos causados por esses mesmo automóveis, que em ritmo acelerado cortam a cidade, cheia de edifícios, lojas e pessoas, muito apressadas e preocupadas com seus afazeres para se darem conta de que, bem ao seu lado, sem comida, sem casa e ao relento, se encontram esses animais abandonados ou “de rua”, no dito popular. Alguns deles até tinham família, mas foram jogados nas ruas devido à idade avançada, a doenças, porque vai chegar um bebê, porque a casa nova é muito pequena para caber um cão ou um gato ou, simplesmente, porque as férias chegaram e não tem quem fique com o animal. Dados da Secretaria Especial dos Direitos dos Animais (SEDA), divulgados em fevereiro de 2014, informam que mais de 100 (cem) mil cães e gatos estão abandonados nas ruas do Recife. Só no Recife, sem contar os outros municípios do Estado de Pernambuco. Além de sofrerem com a falta de alimento, higiene, cuidados, carinho e atenção, que todo ser vivo merece, esses animais ainda suportam os maus tratos de pessoas violentas, que fazem questão de bater, chutar, jogar pedras e envenenar, agravando e muito a vida daqueles que já estão em situação de abandono.
Cabe ao
Poder Público, juntamente com a sociedade, discutir que medidas podem ser
tomadas para solucionar esses problemas, e concretizá-las, através de políticas
públicas eficientes. A castração dos animais, a criação de abrigos, feiras de
adoção, apoio a pessoas e grupos que se disponibilizam
a acolher esses animais, como um ato de amor e generosidade, qualidade que os
protetores de animais têm de sobra. São essas pessoas, que se sensibilizam com
a situação dos bichinhos abandonados, por compaixão e por amor aos animais, que
minimizam o sofrimento vivido por eles. Individualmente ou reunidos em grupos e
ong’s, os protetores se responsabilizam por tirá-los das ruas, tratá-los (muitos
deles são portadores de doenças graves ou foram vítimas de atropelamento ou
violência) e conseguir lares temporários, até que alguma família resolva
realizar uma adoção responsável. A maior dificuldade dos protetores é a falta
de apoio. Para cuidar de um animal que estava em situação de abandono é
necessário, além de boa vontade e amor, espaço físico, tempo, dinheiro para
pagar veterinário, tratamento, remédios, ração e, principalmente, encontrar essa
família que queira acolher, cuidar dos bichinhos e oferecer-lhes um lar.
Cada dia que passa, mais e mais
pessoas se envolvem na causa dos animais abandonados. Abrigos, ong’s e
protetores se multiplicam fazendo com que essa realidade comece a se modificar.
Com certeza todo mundo conhece, convive ou já ouviu falar de alguém que é
protetor de animais abandonados. Eu tenho a felicidade de ter uma irmã
envolvida nessa causa e que por conta disso, me possibilitou realizar uma adoção
responsável. Ganhei Sophia. Uma companheira linda, carinhosa, teimosa, que
enche meu coração de alegria. Ela foi abandonada no condomínio onde resido por
seus antigos donos, em pleno mês de junho. Um mês chuvoso e com muitos fogos.
Imaginem!!! Minha irmã já havia adotado um cão ainda bebê. Bambam, barulhento,
brigão e meio maloqueiro, mas que também é a alegria da casa dela. Além dele,
já ajudou outros cãezinhos a encontrarem um lar. Se dá trabalho?! Dá sim!!!
Como tudo na vida e como qualquer relação, requer investimento de tempo, dedicação.
Mas é assim que a gente cuida de tudo na nossa vida, dedicando nossa atenção,
nosso tempo e nosso esforço e as recompensas vêm! Nesses casos, não é
diferente!
Sophia! <3
Caixa Econômica Federal – conta poupança
Sempre que vejo os protetores em ação,
minha admiração por eles cresce. É uma verdadeira luta, às vezes sem muito
sucesso e às vezes com finais felizes. Por conhecer de perto o trabalho de uma
protetora, Jussara Siqueira, que foi inclusive a pessoa que inicialmente
acolheu minha Sophia, resolvi fazer uma entrevista com ela e mostrar um pouco
desse universo. O resultado foi esse:
Pergunta - Como
e quando você começou a se interessar por animais?
Resposta
- Desde criança já pegava animais na rua e levava pra dentro de casa
Pergunta - o que fez você se
tornar protetora e lutar para que os animais abandonados consigam um lar?
Resposta - o que me faz ser protetora
é ver um ser tão indefeso em abandono, sofrendo passando fome, sede , frio e
maus tratos. Isso parte meu coraçao em pedaços
Pergunta - Qual a maior
recompensa que você recebe como protetora?
Resposta - É ve-los em um lar de barriguinha cheia e dormindo em segurança
Pergunta - Quais as maiores
dificuldades que você encontra nessa luta para garantir uma vida melhor para
esses animais que vivem nas ruas ou que foram abandonados?
Resposta - A maior dificuldade
eh realmente a adoçao e ate mesmo um lar temporário
Pergunta - De que maneira as
pessoas que se interessarem pelo seu trabalho, podem te ajudar?
Resposta - minha maior
necessidade com ajuda é na alimentaçao e medicação
Pergunta - o que mudou na sua vida
depois que você começou a lutar por essa causa?
Resposta - É que eu descobri o sentido do
verdadeiro AMOR. Um amor que me enche de carinho sem cobrar nada em troca
No final da conversa,
ela escreveu: “Eh isso Ju.... to aqui em prantos. Esses peludinhos me emocionam
a cada instante”
Jussara mora em um
apartamento com o marido, a filha, dois cachorros, Bernardo e Vida, e alguns
gatos, entre eles João Victor. Atualmente, protege 8 cachorros e 7 gatos, que
estão abrigados na garagem. Todos os dias ela solta eles para passearem,
alimenta, limpa a garagem, além dos cuidados com higiene e tratamento médico. A
luta, como ela mesma disse, é para conseguir lares temporários e,
posteriormente, adoção responsável.
Outro lutator da causa
dos animais abandonados é o seu Alberto. Ele tem um abrigo no bairro de
Candeias, Jaboatão dos Guararapes - PE, desde 2011, onde vivem atualmente 110
animais. O abrigo se sustenta com doações e trabalhos voluntários. Semanalmente
são feitos mutirões para limpeza do abrigo e para dar banho nos animais. É um
trabalho que transborda amor e necessita de muita ajuda para se manter,
inclusive porque seu Alberto está sofrendo com problemas de saúde e não pode
dar conta, sozinho, do abrigo e de tantos peludos que precisam de cuidados e
carinho. Quem quiser conhecer melhor o trabalho de seu Alberto pode acessar o
facebook do abrigo: https://www.facebook.com/abrigosenhoralberto?fref=nf
Quem quiser ajudar financeiramente pode realizar um depósito na seguinte conta:
Agência: 0867
Operação 013
Conta poupança: 32520-8
Nome: Alberto Ribeiro Bezerra – CPF:
095.999.164-68
Quem puder colaborar de outra forma,
pode entrar em contato pelo e-mail: abrigodeseualberto@hotmail.com ou pelos telefones: (81) 86024949 / 98421358 / 82059599
Nunca é demais saber:
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS
1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida
2 - Todos os animais têm direito ao respeito e à proteção do homem
3 - Nenhum animal deve ser maltratado
4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat
5 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve ser nunca ser abandonado
6 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor
7 - Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida
8 - A poluição e a destruição do meio ambiente são considerados crimes contra os animais
9 - Os diretos dos animais devem ser defendidos por lei
10 - O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais
Para conhecer mais sobre o assunto
acesse:
Mãos e patas corrente do bem animal
PE: http://www.maosepatas.com.br/
S.O.S animais abandonados &
Orfangato: http://www.sosanimaisabandonados.com.br/quemsomos.asp
Sobre adoção: http://www.pernambuco.com/pecao/pecao_adocao/