A música é um instrumento de construção do ser. Ela faz parte da natureza, do Universo. Ela testemunha a harmonia das leis divinas e toca os indíviduos profundamente, proporcionando sensações diversas. A música pode e deve ser utilizada para promover o bem-estar. Música também faz parte do rol das várias coisas que estão disponíveis para nós e que são o que há de bom!
Ainda sobre música:
O
ritmo (palavra que vem do grego Rhytmos e designa aquilo que flui, que
se move, movimento regulado) está em tudo na nossa vida, está no universo, está
em nós, no nosso organismo. No compasso das batidas do coração, no balançar dos
braços, na sequência interminável dos dias e das noites. Tudo em nós e a nossa
volta demonstra que o universo está envolvido num ritmo harmonioso.
Por
isso, o ritmo e a música auxiliam-nos na aquisição da harmonia interior. O
elemento melódico da música embala nossa alma, embala os movimentos interiores
do Espírito. A música, quando utilizada adequadamente, transporta o ser
espiritual para as esferas superiores da vida, atingindo as elevadas e nobres
vibrações do mundo espiritual. Ela é um recurso para aprimoramos o sentimento e
alimentarmos a moralização.
A música é uma arte
que invade o aparelho auditivo com vibrações sonoras, sua melodia e ritmo são
usados em tratamentos de musicoterapia. A música conta história como a história
pessoal de cada um, ao ouvir uma música é fácil lembrar de um momento que
vivemos e que tenha sido marcante em nossas vidas, o quer dizer que, música faz
bem para a memória. Ela traz lembranças de alegrias, tristezas e prazeres,
também faz muito bem ao corpo e pode ser expressada através da dança.
Uma
música precisa ter harmonia, melodia e ritmo, os três elementos que a compõem. O
som vibratório produzido pelos instrumentos musicais, invadem nossos sentidos,
essa vibração é sentida também pelos deficientes auditivos, eles sentem com
outros sentidos sem ser com os ouvidos, muitos, mesmo sem ouvir, tocam
instrumentos baseados na vibração produzida, o que deixa claro que para a
música não existem fronteiras, ela vai além de nosso aparelho corporal.
Para apreciarmos os
efeitos da música, precisamos estar atentos aos processos básicos que ocorrem
no ouvido humano ao ter acesso a ela. As ondas sonoras (vibrações) que chegam ao
tímpano são transformadas em impulsos químicos e nervosos, que registram em
nossa mente as diferentes qualidades dos sons que estamos ouvindo. O que muitos
não sabem é que “as raízes dos nervos auditivos – os nervos do ouvido – são
distribuídos mais amplamente e tem conexões mais extensas do que os de qualquer
outro nervo no corpo. Dificilmente existe uma função no corpo que possa não ser
afetada pelas pulsações e combinações harmônicas de tons musicais”.
Estudos mostraram que
o impacto da música no sistema nervoso e as mudanças emocionais provocadas
direta ou indiretamente pelo tálamo (conjunto de neurônios responsável pela
reorganização dos estímulos, menos olfato), afetam processos tais como a freqüência
cardíaca, a respiração, a pressão sangüínea, a digestão, o equilíbrio hormonal,
o humor e as atitudes. Isso nos ajuda a entender por que as intensas batidas
rítmicas da música popular, mais notadamente o rock, podem ter uma gama tão
extensa de efeitos físicos e emocionais, assim como a tranqüilidade provocada
por músicas mais suaves.
A música está presente na história da humanidade
desde a pré-história e é utilizada em todas as partes do mundo, possuindo
formas de manifestação e significados distintos. Alguns povos a utilizam como
meio de celebração ou adoração, outros de comunicação, outros ainda como
instrumento de contato com o Cosmos e com a energia mais íntima do seu ser.
Um exemplo disso é o povo Tupi. Eles possuiam um sistema de
ensinamento chamado AYVU (ser) RAPITÁ (fundamentos) = fundamentos do ser, que
não é escrito, ele é cantado. São vários cantos e cada conjunto fala de um
ensinamento. Ele é cantado e dançado, porque eles afirmam que assim o sistema
fica gravado na mente e no corpo.
O sistema trata de questões profundas:
1. Como o Universo nasceu
2.Como a Terra nasceu?
3. O que é o homem?
4.O amor incondicional.
5. O elo entre todos os outros versos.
Tupi – Tu significa SOM, Py
significa ASSENTO (é o corpo físico) = Som assentado. Cada ser é um som, um som
assentado no corpo físico. Para a tradição Tupi todo o Universo vibra um som.
Os sons produzem efeitos no nosso corpo, nas nossas células, no ambiente, no
Universo. Nós somos um padrão vibratório. Para os Tupi o corpo físico é uma
flauta que anda. Há em nosso corpo, espaços que emanam sons (são os chakras).
A música acompanha a evolução e a história dos
homens. Ela representa a realidade e as necessidades de uma época e de seu
povo. Não é por acaso que existe a música medieval, barroca, sacra, clássica,
erudita, popular e nelas uma diversidade imensurável.
A música é tudo de bom! vamos começar a utilizar esse recurso com todas as possibilidades que ele tem. Hoje, ela vem sendo utilizada em vários
tratamentos psicoterápicos, garantindo ótimos resultados no combate a algumas
doenças e distúrbios emocionais. A música apresenta, na atualidade, diversas
funções, pode figurar como instrumento de cura, meditação, de autoconhecimento ou ainda como um artifício
pedagógico.
Crianças pequenas, por exemplo, não
aprendem por conceitos abstratos, mas estão abertas ao ritmo e ao sentimento
que a música transmite. Assim, letras simples e objetivas, em ritmo harmonioso,
alcançarão os corações infantis de forma adequada. Ela pode ser utilizada
também em conjunto com as artes plásticas, no teatro, na forma de coral, grupo
musical, sendo o seu uso adaptado à faixa etária e às necessidades do grupo com
a qual está sendo trabalhada.
ALVES,
Walter Oliveira. Educação do Espírito. Introdução à Pedagogia Espírita.
São Paulo: IDE, 1997. P. 299-301.
O
Livro dos Espíritos. Perguntas 249 e 251.
http://www.musicaeadoracao.com.br/palestras/efeitos_musica_texto.htm
http://www.dharmanet.com.br/vajrayana/mantra.htm
http://www.artigonal.com/meditacao-artigos/efeitos-dos-mantras-1271138.html
http://letras.terra.com.br/rubinho-do-vale/
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